2006-10-08

O ACTO DA ESCOLHA

COMBINAÇÕES
MISTERIOSAS

A escolha é a materialização plena da liberdade de uma pessoa.
Semântica e epistemologicamente é fácil definir escolha. Trata-se da expressão da opção que se faz em face de um conjunto não singular nem vazio.
Porque nasce digno, em si, o ser humano parte com essa propriedade que está para a sua entidade cultural como a respiração para a sua dimensão biológica. Enquanto seres culturais, são os homens nados com a possibilidade de escolher.
Pois é precisamente neste último verbo que se encontram as dificuldades.
Aí estamos no plano do acto em que se realiza o conceito inicial.
E o que verificamos é a existência de um amplo espectro de situações em que o denominador comum é o facto de serem, de alguma forma, escolhas. Acontece é que há diferentes ondas, isto é, podemos agrupar tais actuações em diversos níveis mediante vários e diferenciados requisitos. Ora, quantos não são os humanos que estão longe de se aproximarem sequer da onda média?
Se quisermos sustentar que a liberdade fica completa na escolha e concretização de um projecto de vida, então teremos de considerar a complexidade da realidade de se ser um homem livre.

Luís F. de A. Gomes
Lisboa, 11 de Dezembro de 1999