2007-01-05

COMBINAÇÕES E UMA PRECISÃO

COMBINAÇÕES
MISTERIOSAS

A dignidade engloba a liberdade.
Disse que ela e o respeito que todas as pessoas transportam e merecem em face dos outros e que se materializa quer na garantia da integridade física e psicológica, quer ainda na possibilidade de escolher. Os homens não nascem livres mas, como são nados infinitamente dignos, partem com essa possibilidade.
A Humanidade, o mesmo é dizer a espécie humana, define-se na sua dupla dimensão biológica e cultural e a primeira característica universal que a este último nível podemos encontrar é, precisamente, a dignidade.
A propósito da superação do etnocentrismo, escrevi, alhures, a pergunta seguinte:
“Quais são as atitudes e/ou comportamentos alternativos àqueles que são subsequentes a uma visão etnocêntrica da humanidade?” (*)
Respondi então com “(…) o respeito pelos direitos humanos e o cosmopolitismo.” (**)
Contudo, devo agora acrescentar que antes disso importa reconhecer e respeitar o conceito de humanidade que, afinal, muito simplesmente se materializa no conjunto de todos os seres humanos.
Aliás, é, precisamente, a partir desse reconhecimento que é possível sustentar a resposta que anteriormente tinha encontrado.

Luís F. de A. Gomes
Porto, 26 de Dezembro de 1999

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Pois é, e é precisamente de falta de dignidade que a Humanidade mais sofre. E são precisamente os "mais grandes" que dão o exemplo. Veja-se o que fizeram ao Saddam Hussein, durante a sua execução...
Porque não o deixaram "apodrecer" numa cela até ao final dos seus dias?
Mas há que ter sempre esperança na Humanidade, claro. Como disse Jesus Cristo, nem que haja um só justo sobre a Terra...

Cumprimentos,

N.B. Deixe-lhe uma mensagenzinha no meu blog

20:54  
Blogger ATIREI O PAU AO GATO said...

Viva Arqui!
Antes de tudo o pedido de desculpa por só agora estar a inserir este seu comentário, mas só dei conta do mesmo esta manhã e como ninguém comenta este espaço só agora me foi possível passar por casa para ter acesso à palavra-chave.
Mas deixe que lhe diga que fico encantado com esta sua visita e a verdade é que este espaço ficou mais interessante pela sua vista. Ganha quem aqui entre para nos ler.
Deixe que lhe diga que para meu gosto e valores, Saddam Hussein representou uma das variantes do indizível e não nutro qualquer comiseração pelo homem e não me entristece a sua morte. Desculpe a expressão, mas escarro-lhe na campa e na memória; não passou de um tirano cruel e cleptómano e eu detesto isso. Sempre me ensinaram que somos homens livres e que essa é a única condição consentânea com a dignidade que a todos assiste, quando nascem.
Seja como for também não gostei daquilo que vi. Antes de mais porque não se humilha um homem, qualquer que ele seja, na hora da sua morte e, com a passagem das imagens para os media, isso aconteceu. Foi por iraquianos e compreendo a sua forma de agir -se fosse por ocidentais, como sucedeu em Abhu Graib, seria mais inquietante- mas não é por isso que deixa de ser reprovável. Depois, é como diz, a prisão perpéctua seria um castigo justo; concordo com isso. Para nós a vida é uma dádiva Divina e por isso só Ele pode decidir a hora em que deveremos regressar ao Seu convívio. Mas é claro que não é por essa via que justifico a minha recusa da pena de morte, pois assim estaria a impor convicções religiosas a terceiros o que não seria bonito nem agradável. Toda a recusa se baseia na observação de que somos simples humanos e como tal dados à condição de seres que podem errar. Ora como aceitar uma decisão que em termos práticos tem consequências irreversíveis, sabendo que as mesmas podem assentar numa falácia? Por muito justas que sejam as condenações efectuadas, basta a possibilidade de condenarmos um inocente para que não possamos aceitar um tal método de castigo.
Muito haveria para conversar sobre isto, até porque temos o caso limite dos carrascos de Auschwitz, mas poderá ficar para outra altura se o meu caro Senhor assim o desejar. Seja como for, sou contra a pena de morte -ou resultariam de uma cretinice as palavras que tenho escrito nestes artigozinhos- e concordo que não se deveria ter feito o que se fez com Saddam Hussein.
Vi o seu comentário no seu blog e farei todo o possível para que ainda hoje lhe deixe uma resposta. Garanto-lhe que fiquei muito sensibilizado pelo mesmo e por isso só posso expressar um agradecimento do tamanho de um comboio. Infelizmente agora não o poderei fazer pois já estou a ultrapassar todos os limites que tinha para fazer uma rápida refeição em casa.
Mais uma vez agradeço a visita que tanta luz e encanta acrescenta a esta casinha humilde. Espero que o regresso se repita e que depois volte a acontecer, até que passe a ser um dos nossos amigos com quem gostaremos seguramente de conversar. Ainda que não more lá habitualmente, possuo residência no Porto e como tal é aí a minha cidade e um dos lugares do meu coração -se bem que aqui a colecção seja muitíssimo grande, pois, como eu costumo dizer, o meu território são os sapatos. E tenho uma sugestão para lhe fazer em torno de um restaurante, à entrada da Foz, a propósito da conversa que teve no posto em que eu os visitei e em que fui recebido com tanta generosidade e delicadeza. Só posso ficer muitíssimo grato por tanta bondade. Mas conto expressar isso mais logo na sua casa.
Os votos de um resto de um bom dia todos os que fazem parte da equipa do seu blog e particularmente para si, os votos de muita paz e saúde, para si e todos aqueles que ama e o fazem feliz.

Luís F. de A. Gomes

13:23  
Anonymous Anónimo said...

..."escarro-lhe na campa e na memória"???? Que falta de dignidade, desculpe lá o reparo!

Tss..tss...


cabeçanalua

18:12  
Blogger ATIREI O PAU AO GATO said...

Não tem que pedir desculpa, as opiniões são livres.
A dignidade é o respeito que os outros nos merecem e que transportam consigo desde que nascem. Somos nós que pelos nossos actos podemos dimui-la ou perdê-la, de todo. Para si, pelos vistos, terá sido isso que aconteceu agora comigo. A linguagem tem destas coisas, por vezes é cruel e por vezes tão só quer aplicar-se à realidade que pretende representar ou descrever. O Sr. Saddam Hussein terá perdido toda a dignidade que trouxe consigo; pior, foi uma fonte de mal e do indizível. A rudeza com que o tratamos não teria qualquer alternativa em palavreado de rosas.
As pessoas dignas começam sempre por mostrar o rosto.
Passe bem.

19:40  
Blogger Arqui said...

Caro Luís,

Vai-me desculpar, mas quando diz que "A dignidade é o respeito que os outros nos merecem e que transportam consigo desde que nascem", está-se a referir a todos, não é verdade? Pois todos, incluem o Saddam.
Nínguém se atreve a defender esse assassino, nisso estamos de acordo, e que merecia um castigo exemplar, merecia sem dúvida. Mas, eu não me atreveria a mandá-lo para o outro mundo de uma maneira tão INDIGNA e cruel.
Ai, ai, quem nos terá dado esse poder? Ainda bem, que não nos deram igualmente o poder de continuar a perseguir as almas no outro mundo, pois até aí não as deixariam em paz.
E já que falamos em fonte do mal, o que diz do Sr. Bush, que só à sua conta foi responsável pela morte de 150.000 iraquianos inocentes?
O problema Luís, é que nos estão constantemente a atirar areia para os olhos, neste deserto de falta de informação precisa, coerência e sobretudo temperança,

Tudo de bom,

N.B. Faça o favor de continuar a visitar o Penas&Plumas, como lá lhe expliquei, não me ofendeu em nada

09:58  
Blogger ATIREI O PAU AO GATO said...

Que lindo que está, não é verdade Arqui? Pois é por si que ele se alindou com as azedas acenando de amarelo por entre a verdura que envolve os valados. É assim, sou um sujeitinho que tem mais sorte que aquela que, pela procura, fez por merecer e mesmo com grandes asneiradas as pessoas ainda me compreendem e aceitam. Só pode ser uma estrelinha que eu tenha lá no alto. Mas enfim...
Não tem que pedir desculpa por coisa nenhuma. Se reparar, publiquei neste mesmo espaço um comentário que me era ofensivo. Não tem mal nenhum, as ideias são livres e como tal as opiniões também e se todos pensassem da mesma maneira jamais teria havido melhorismos no mundo, no concorda? E depois, deixe que lhe diga que nunca precisei de estar de acordo no que quer que seja para conversar com quem que seja, desde que, pessoalmente, saiba daquilo que estou a falar. Podemos estar em desacordo e aprendermos uns com os outros. Podemos estar em desacordo e apertarmos as mãos e convivermos uns com os outros. Podemos estar em desacordo e até gostarmos de estar juntos. Haja para tanto civilidade e gosto por aprender. Ora como se tudo isto pouco fosse, não é que a minha querida visitante é das poucas pessoas que faz perguntas neste espaço? Porquê então as desculpas? Não o faça, nunca o faça, tem toda a liberdade para me apresentar as dúvidas e as perguntas que quiser, bem como dar-me as suas opiniões a respeito do que escrevo ainda que antípodas das minhas. Se for cruel e mal educada, dir-lhe-ei e depois voltar-lhe-ei as costas. Caso isso não aconteça, nunca lhe levarei a mal qualquer tipo de discordâncias com aquilo que digo, muito pelo contrário.
Mas a sua simpatia fez-me uma pergunta e por isso já chega de salamaleques -os mais novinhos espantam-se com estas coisas das boas maneiras e eu a pensar que não era da idade e sim do cházinho que se bebe nos lanchinhos da infância...
Bem, até essaencarnação de Samael que foi Herr Adolf Hitler nasceu digno.
Tenho para mim que existem duas fontes para essa dignidade. Se quisermos, porque nem todos são pessoas de Fé, podemos identificar duas vias para chegarmos à conclusão que os membros da nossa espécie nascem dignos, infinitamente dignos.
A primeira e mais evidente é se aceitarmos que somos Seus filhos. Aceitando o Mistério, então não temos como negar que todos os humanos tenham a mesma comdição de nascerem com essa centelha divina que lhes dá a dignidade. A segunda tem a ver com a noção de espécie, para aqueles que só aceitem as explicações científicas para a História do Cosmos. Sendo uma espécie única, como não igualizá-la no âmbito da sua vertente cultural pelo único elemento de cultura que podemos identificar como universal?
Se nascemos dignos como poderemos perder essa dignidade? Pelos nossos comportamentos dolosos; naturalmente tendo como consequênciamal e indignidade para com os outros. É nesse sentido que digo que O Sr. Saddam a perdeu e escuso de gastar tempo a explicar porquê.
Quanto àquilço que diz do Sr. George W. Bush atenção apenas a um pormenor.
Com isso estamos a colocar-nos num relativismo moral em que não me sinto nada confortável. Não se trata do relatvismo com que Bergson quis aplicar a relatividade de Einstein e que do ponto de vista intelectual e científico não terá passado de uma falácia mas da qual pouco ou nenhum mal veio ao mundo.
Não. Ao igualizarmos Bush e Saddam da maneira que a minha querida Senhora o fez -e como é vulgar vê-lo fazer- estamos a colocar-nos no relativismo estritamente moral e esse tem uma história que começou com a defesa do Sr. Marechal Herman Goering em Nuremberga. Foi ele que ao perguntar que moral tinham os Aliados vitoriosos para o julgar que deu o pontapé de saída na igualização da maldade e com isso iniciou essa faceta -se quer que lhe diga com toda a sinceridade, para mim sinistra- do relativismo.
É claro que não podemos ver sem angústia e até revolta aquilo que se passa no Iraque e o papel e comportamento das tropas Ocidentais naquele território. Temos que ser mais exigentes com a postura moral daqueles que estão do lado democrático e apesar de tudo e do muito que se diz, a verdade é que os Estados Unidos da América são uma grande sociedade democrática.
Mas o problema quando criamos esse tal paralelismo entre Bush e Saddam é precisamente esse; esquecemos que o segundo foi arredado do poder pela violência de onde jamais sairia de outro modo a não ser se a morte o encontrasse na cadeira do poder, enquanto o primeiro será deposto pelo voto popular de um eleitorado que será tudo menos sujeito a manipulações do género daqueles que compram votos com electrodomésticos.
Sobre a pena de morte e a maneira como o Saddam Hussein foi tratado na hora da sua, fá lhe respondi no comentário anterior.
Faço votos para que não tenha sido maçador e mais uma vez agradeço a generosidade com que aceitou os meus erros grosseiros e que tão só decorre da sua bondade. Isso toca-me.
Teria algo a dizer sobre Praga e as gerações que nós, no Porto, teremos que ver passar para chegar lá. Mas agora não lhe roubo mais o seu precioso tempo.
Claro que voltarei a visitar a vossa casa onde me senti muito bem; afinal... Mais uma vez o tijolo caíu ao lado da perna e eu não dei por nada.
Resta-me desejar o melhor que haja na vida para si e todos aqueles que ama e a fazem feliz
Luís F. de A. Gomes

12:07  
Blogger ATIREI O PAU AO GATO said...

Que lindo que está, não é verdade Arqui? Pois é por si que ele se alindou com as azedas acenando de amarelo por entre a verdura que envolve os valados. É assim, sou um sujeitinho que tem mais sorte que aquela que, pela procura, fez por merecer e mesmo com grandes asneiradas as pessoas ainda me compreendem e aceitam. Só pode ser uma estrelinha que eu tenha lá no alto. Mas enfim...
Não tem que pedir desculpa por coisa nenhuma. Se reparar, publiquei neste mesmo espaço um comentário que me era ofensivo. Não tem mal nenhum, as ideias são livres e como tal as opiniões também e se todos pensassem da mesma maneira jamais teria havido melhorismos no mundo, no concorda? E depois, deixe que lhe diga que nunca precisei de estar de acordo no que quer que seja para conversar com quem que seja, desde que, pessoalmente, saiba daquilo que estou a falar. Podemos estar em desacordo e aprendermos uns com os outros. Podemos estar em desacordo e apertarmos as mãos e convivermos uns com os outros. Podemos estar em desacordo e até gostarmos de estar juntos. Haja para tanto civilidade e gosto por aprender. Ora como se tudo isto pouco fosse, não é que a minha querida visitante é das poucas pessoas que faz perguntas neste espaço? Porquê então as desculpas? Não o faça, nunca o faça, tem toda a liberdade para me apresentar as dúvidas e as perguntas que quiser, bem como dar-me as suas opiniões a respeito do que escrevo ainda que antípodas das minhas. Se for cruel e mal educada, dir-lhe-ei e depois voltar-lhe-ei as costas. Caso isso não aconteça, nunca lhe levarei a mal qualquer tipo de discordâncias com aquilo que digo, muito pelo contrário.
Mas a sua simpatia fez-me uma pergunta e por isso já chega de salamaleques -os mais novinhos espantam-se com estas coisas das boas maneiras e eu a pensar que não era da idade e sim do cházinho que se bebe nos lanchinhos da infância...
Bem, até essaencarnação de Samael que foi Herr Adolf Hitler nasceu digno.
Tenho para mim que existem duas fontes para essa dignidade. Se quisermos, porque nem todos são pessoas de Fé, podemos identificar duas vias para chegarmos à conclusão que os membros da nossa espécie nascem dignos, infinitamente dignos.
A primeira e mais evidente é se aceitarmos que somos Seus filhos. Aceitando o Mistério, então não temos como negar que todos os humanos tenham a mesma comdição de nascerem com essa centelha divina que lhes dá a dignidade. A segunda tem a ver com a noção de espécie, para aqueles que só aceitem as explicações científicas para a História do Cosmos. Sendo uma espécie única, como não igualizá-la no âmbito da sua vertente cultural pelo único elemento de cultura que podemos identificar como universal?
Se nascemos dignos como poderemos perder essa dignidade? Pelos nossos comportamentos dolosos; naturalmente tendo como consequênciamal e indignidade para com os outros. É nesse sentido que digo que O Sr. Saddam a perdeu e escuso de gastar tempo a explicar porquê.
Quanto àquilço que diz do Sr. George W. Bush atenção apenas a um pormenor.
Com isso estamos a colocar-nos num relativismo moral em que não me sinto nada confortável. Não se trata do relatvismo com que Bergson quis aplicar a relatividade de Einstein e que do ponto de vista intelectual e científico não terá passado de uma falácia mas da qual pouco ou nenhum mal veio ao mundo.
Não. Ao igualizarmos Bush e Saddam da maneira que a minha querida Senhora o fez -e como é vulgar vê-lo fazer- estamos a colocar-nos no relativismo estritamente moral e esse tem uma história que começou com a defesa do Sr. Marechal Herman Goering em Nuremberga. Foi ele que ao perguntar que moral tinham os Aliados vitoriosos para o julgar que deu o pontapé de saída na igualização da maldade e com isso iniciou essa faceta -se quer que lhe diga com toda a sinceridade, para mim sinistra- do relativismo.
É claro que não podemos ver sem angústia e até revolta aquilo que se passa no Iraque e o papel e comportamento das tropas Ocidentais naquele território. Temos que ser mais exigentes com a postura moral daqueles que estão do lado democrático e apesar de tudo e do muito que se diz, a verdade é que os Estados Unidos da América são uma grande sociedade democrática.
Mas o problema quando criamos esse tal paralelismo entre Bush e Saddam é precisamente esse; esquecemos que o segundo foi arredado do poder pela violência de onde jamais sairia de outro modo a não ser se a morte o encontrasse na cadeira do poder, enquanto o primeiro será deposto pelo voto popular de um eleitorado que será tudo menos sujeito a manipulações do género daqueles que compram votos com electrodomésticos.
Sobre a pena de morte e a maneira como o Saddam Hussein foi tratado na hora da sua, fá lhe respondi no comentário anterior.
Faço votos para que não tenha sido maçador e mais uma vez agradeço a generosidade com que aceitou os meus erros grosseiros e que tão só decorre da sua bondade. Isso toca-me.
Teria algo a dizer sobre Praga e as gerações que nós, no Porto, teremos que ver passar para chegar lá. Mas agora não lhe roubo mais o seu precioso tempo.
Claro que voltarei a visitar a vossa casa onde me senti muito bem; afinal... Mais uma vez o tijolo caíu ao lado da perna e eu não dei por nada.
Resta-me desejar o melhor que haja na vida para si e todos aqueles que ama e a fazem feliz
Luís F. de A. Gomes

12:08  
Blogger Frioleiras said...

Interessante ... o vosso blogue,
mt !

00:39  
Blogger ATIREI O PAU AO GATO said...

Que bom ouvir isso de um Frio que embora não saiba fotografar (sic) consegue fazer pintura com uma câmara.
Luís F. de A. Gomes

09:17  

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