CONECTIONS
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Numa comunicação que apresentei em uma palestra sobre o racismo, xenofobia e ensino, a certa altura referi que o preconceito etnocêntrico não é combatível mas sim superável.
Posteriormente, no período reservado ao debate, alguém me interrogou sobre as razões de ser dessa afirmação.
Dei então uma resposta de circunstância, limitando-me a dizer que enquanto o racismo é um produto consciente da razão humana, o etnocentrismo é algo mais fundo, inculcado no nosso inconsciente.
O primeiro é uma ideologia ou, se quisermos, consubstancia-se num conjunto de explicações ideológicas. O segundo é um preconceito que se materializa em ideias e discursos preconcebidos.
Um é uma construção deliberada do género humano; alguém explicou os desníveis civilizacionais através de factores rácicos. O outro não, incorpora a mundivisão de um qualquer sujeito no mesmo plano em que este usa a linguagem, respeitando-lhe as regras sem dar por isso; são elementos endémicos à mundividência que por eles é condicionada sem que tal seja tido em conta pelos seus intérpretes.
Temos pois que o racismo está ao nível dos argumentos.
Tratam-se de raciocínios e análises explicativas mais ou menos bem elaboradas que, no entanto, poderão ser sempre contrariadas e reprovadas com outras argumentações ainda melhores.
Ora o etnocentrismo está antes no patamar dos sentimentos e nessa dimensão não pode ser combatido embora seja superável, isto é, passível de ser posto de parte.
Na reunião, esta explicação foi bem aceite e novas intervenções deram continuidade à discussão.
Contudo, aquela interrogação situa-se nos domínios não desenvolvidos pela minha leitura e espoleta uma série de outras dúvidas que importa averiguar. Será essa a temática destas páginas.
Começaremos por abordar a ligação entre o preconceito etnocêntrico e o racismo e nos items seguintes indagaremos se o primeiro tem ou não fundamentos naturais próprios dos membros da nossa espécie.
Luís F. de A. Gomes
Posteriormente, no período reservado ao debate, alguém me interrogou sobre as razões de ser dessa afirmação.
Dei então uma resposta de circunstância, limitando-me a dizer que enquanto o racismo é um produto consciente da razão humana, o etnocentrismo é algo mais fundo, inculcado no nosso inconsciente.
O primeiro é uma ideologia ou, se quisermos, consubstancia-se num conjunto de explicações ideológicas. O segundo é um preconceito que se materializa em ideias e discursos preconcebidos.
Um é uma construção deliberada do género humano; alguém explicou os desníveis civilizacionais através de factores rácicos. O outro não, incorpora a mundivisão de um qualquer sujeito no mesmo plano em que este usa a linguagem, respeitando-lhe as regras sem dar por isso; são elementos endémicos à mundividência que por eles é condicionada sem que tal seja tido em conta pelos seus intérpretes.
Temos pois que o racismo está ao nível dos argumentos.
Tratam-se de raciocínios e análises explicativas mais ou menos bem elaboradas que, no entanto, poderão ser sempre contrariadas e reprovadas com outras argumentações ainda melhores.
Ora o etnocentrismo está antes no patamar dos sentimentos e nessa dimensão não pode ser combatido embora seja superável, isto é, passível de ser posto de parte.
Na reunião, esta explicação foi bem aceite e novas intervenções deram continuidade à discussão.
Contudo, aquela interrogação situa-se nos domínios não desenvolvidos pela minha leitura e espoleta uma série de outras dúvidas que importa averiguar. Será essa a temática destas páginas.
Começaremos por abordar a ligação entre o preconceito etnocêntrico e o racismo e nos items seguintes indagaremos se o primeiro tem ou não fundamentos naturais próprios dos membros da nossa espécie.
Luís F. de A. Gomes
6 Comments:
O etnocentrismo é a atitude característica de quem só reconhece legitimidade e validade às normas e valores vigentes na sua cultura ou sociedade.
Julgo que disse tudo...
Bom Domingo
Bjs Zita
Por definição, basicamente podemos dizer que é isso. Mas não é tudo; perante o mesmo importa compreendê-lo no que o motiva, pois só a partir daí o poderemos superar.
Muito bem-vinda a esta humilde casinha, Zita, é este espaço que fica mais bonito pela visita e seguramente com um adicional de interesse também.
Faço votos para a ver por aqui mais vezes e nos outros espaço do blog também.
Lamento apenas que o link que coloca dê erro e não permita abrir a casa de onde vem. Não nos quer dar a morada do seu blog para que o possamos visitar e linkar, como é regra desta casa para com todos aqueles que nela entram e se fazer escutar? Desde já agradecemos a atenção dispensada.
Tudo de bom para a Zita e todos aqueles a quem quer bem
Luís F. de A. Gomes
Tempo de ouvir e sonhar.
Beijinhos embrulhados em abraços
Sempre.
Voltai então mais vezes, para ouvir e sonhar, aqui e nas outras entradas do blog. Gostamos de ouvir e de sonhar também.
Luís F. de A. Gomes
Que em cada amanhecer do teu dia Nasça contigo uma flor ¸que cada sorriso teu Seja radiante como as estrelas que cada pensamento positivo seja o caule para sustentar o otimismo que cada passo à vitória seja firmado pela terra .Que cada gesto teu Seja o sol que fornece energia a quem precisa que o brilho e a garra em teu olhar. Sejam como escudos ao teu corpo e alma... Bjos!!!
Muito obrigada Rafaela e todos os dias rego com carinho as flores do jardim com que gosto de rodear o meu olhar.
Luís F. A. Gomes
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